quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Tem remédio para o desânimo?







As “dores da alma” eram um tema sobre o qual nossos avós não gostavam de falar. No entanto, conheciam diversos medicamentos para combater o baixo astral. Os métodos de antigamente ainda podem afastar a falta de ânimo.


1 - Para estabilizar o equilíbrio espiritual, chás de erva-de-são-joão, lúpulo, valeriana ou alcaçuz em pó. Mas fique atento às contraindicações. A erva-de-são-joão, por exemplo, pode interagir com alguns medicamentos e reduzir a eficácia da pílula anticoncepcional. Consulte um médico antes de utilizá-la.

2 - Óleos essenciais também são bons: ponha em um candeeiro uma mistura feita de 2 gotas de óleo de rosas, 2 gotas de erva-cidreira e 3 gotas de óleo de alfazema.


3 - Um travesseiro perfumado sob o travesseiro de dormir ajuda pacientes depressivos a dormir melhor. Encha-o com valeriana, alfazema, prímula, sabugueiro ou lúpulo.

4 - Biscoitos e bolachas com noz-moscada e canela ajudam a melhorar o ânimo. Você pode adicionar a qualquer receita simples para biscoitos e bolos ½ colher de chá de noz moscada e ½ de canela.

5 - Vinho aromatizado com violetas-de-cheiro combate o desânimo. Misture 15 g de folhas e flores de violeta-de-cheiro com 500 ml de vinho branco seco, leve ao fogo e deixe cozinhar durante 5 minutos. Adicione 5 g de raiz de galanga e 5 g de raiz de alcaçuz, deixe cozinhar mais um pouco, coe e transfira o vinho para uma garrafa bem tampada. Tome três vezes ao dia 50 ml do vinho aromatizado.


6 - Leite com funcho (erva doce) e mel afasta pensamentos negativos. Beba-o morno e em pequenos goles meia hora antes de ir dormir. Para prepará-lo, ferva 2 colheres de chá de frutos de funcho amassadas com 250 ml de leite. Deixe agir por alguns minutos, coe e adoce com mel.

domingo, 6 de novembro de 2011

São Nuno de Santa Maria




Nuno Álvares Pereira nasceu em Portugal a 24 de Junho de 1360, e recebeu a educação cavalheiresca típica dos filhos das famílias nobres do seu tempo.

Aos treze anos torna-se pajem da rainha D. Leonor, tendo sido bem recebido na Corte e acabando por ser pouco depois cavaleiro. Aos dezesseis anos casa-se, por vontade de seu pai, com uma jovem e rica viúva, D. Leonor de Alvim.
Da sua união nascem três filhos, dois do sexo masculino, que morrem em tenra idade, e uma do sexo feminino, Beatriz, a qual mais tarde viria a desposar o filho do rei D. João I, D. Afonso, primeiro duque de Bragança.
Quando o rei D. Fernando I morreu a 22 de Outubro de 1383 sem ter deixado filhos varões, o seu irmão D. João, Mestre de Avis, viu-se envolvido na luta pela coroa lusitana, que lhe era disputada pelo rei de Castela por ter desposado a filha do falecido rei.
Nuno tomou o partido de D. João, o qual o nomeou Condestável, isto é, comandante supremo do exército. Nuno conduziu o exército português repetidas vezes à vitória, até se ter consagrado na batalha de Aljubarrota (14 de Agosto de 1385), a qual acaba por determinar à resolução do conflito.
Os dotes militares de Nuno eram no entanto acompanhados por uma espiritualidade sincera e profunda. O amor pela Eucaristia e pela Virgem Maria são os alicerces da sua vida interior.                                           O estandarte que elegeu como insígnia pessoal traz as imagens do Crucificado, de Maria e dos cavaleiros S. Tiago e S. Jorge. Fez ainda construir às suas próprias custas numerosas igrejas e mosteiros, entre os quais se contam o Carmo de Lisboa e a Igreja de S. Maria da Vitória, na Batalha.
Com a morte da esposa, em 1387, Nuno recusa contrair novas núpcias, tornando-se um modelo de pureza de vida. Quando finalmente alcançou a paz, distribui grande parte dos seus bens entre os seus companheiros, antigos combatentes, e acaba por se desfazer totalmente daqueles em 1423, quando decide entrar no convento carmelita por ele fundado, tomando então o nome de frei Nuno de Santa Maria.
Impelido pelo amor, abandona as armas e o poder para revestir-se da armadura do Espírito recomendada pela Regra do Carmo: era a opção por uma mudança radical de vida em que sela o percurso da fé autêntica que sempre o tinha norteado.
O Condestável do rei de Portugal, o comandante supremo do exército e seu guia vitorioso, o fundador e benfeitor da comunidade carmelita, ao entrar no convento recusa todos os privilégios e assume como própria a condição mais humilde, a de frade Donato, dedicando-se totalmente ao serviço do Senhor, de Maria — a sua terna Padroeira que sempre venerou—, e dos pobres, nos quais reconhece o rosto de Jesus.
Significativo foi o dia da morte de frei Nuno de Santa Maria, aos 71 anos de idade. Era o Domingo de Páscoa, dia 1 de Abril de 1431. Após sua morte, passou imediatamente a ser reputado de “santo” pelo povo, que desde então o começa a chamar “Santo Condestável”.
Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de Janeiro de 1918 pelo Papa Bento XV através do Decreto "Clementíssimus Deus" e foi consagrado o dia 6 de Novembro ao, então, beato.
O Santo Padre, Papa Bento XVI, durante o Consistório de 21 de Fevereiro de 2009 determina que o Beato Nuno seja inscrito no álbum dos Santos no dia 26 de Abril de 2009.

 

ORAÇÃO
Senhor, dou-Te graças pelo dom de vida e de entrega a Ti e aos outros, que deste ao Teu filho Frei Nuno de Santa Maria.

Ensina-nos também a despojarmo-nos do supérfluo, para podermos partilhar com os outros tudo que colocas ao nosso alcance.
Ensina-nos a em todos os momentos termos bem presente em nós, o testemunho de Te pertencermos e da Tua presença viva nas nossas vidas.
Ajuda-nos a sermos de Ti, para Ti e em Ti, nos outros.
Amen.

São Nuno de Santa Maria, rogai por nós.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

SALVE RAINHA




Salve, Rainha,



Mãe misericordiosa,
vida, doçura e esperança nossa, salve!
A vós brandamos os degregados filhos de Eva.
A vós suspiramos, gemendo e chorando
neste vale de lágrimas.
Eias pois, advogada nossa,
esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei,
e depois deste desterro mostrai-nos Jesus,
bendito fruto de vosso ventre,
ó clemente,
ó  piedosa,
ó doce sempre Virgem Maria.
Rogais por nós Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Amém.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Biografia Irmã Benigna Victima de Jesus

Em 16 de agosto de 1907, nasceu na cidade mineira de Diamantina, Maria da Conceição Santos. De família simples, ela recebeu de seus pais os verdadeiros valores cristãos da religião Católica. Mesmo pequenina, revelava dons divinos e manifestava vocação para a vida religiosa. Participava de celebrações da Santa Missa, coroações, procissões e reza do terço. Em sua terra natal, Irmã Benigna fez o curso primário e aprendeu a tocar vários instrumentos musicais. Era uma jovem muito virtuosa. Como catequista e professora de violão, evangelizava crianças e adultos. Despertava em seus companheiros de infância e mocidade grande amor pelas coisas divinas.


No dia 11 de fevereiro de 1935, dedicado a Nossa Senhora de Lourdes, Maria da Conceição Santos ingressou na Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade. Em 19 de março do mesmo ano, dia dedicado a São José, ela fez seus primeiros votos religiosos nesta congregação mineira, passando a se chamar, a partir desta data, Irmã Benigna Victima de Jesus. Por amor e inspiração divina, ela escolheu este nome, entregando-se à plena vontade de Deus.

Iniciou seu apostolado prestando serviços religiosos nos locais designados pela congregação. A Casa de Caridade Manoel Gonçalves de Souza Moreira, em Itaúna/MG, foi o primeiro local onde trabalhou. Lá, fez os votos perpétuos no dia 6 de janeiro de 1941 e diplomou-se em enfermagem. Em 1º de janeiro de 1943, foi nomeada Madre Superiora, assumindo, então, a direção desta casa. Em seu novo cargo, fundou uma maternidade que deu assistência às mães carentes. Depois de 12 anos de dedicação e trabalho, Irmã Benigna encerrou, com louvor, sua missão em Itaúna, com a certeza de que, através da fé e devoção a Nossa Senhora, havia levado luz a muitas famílias.





A exemplo dos Santos, Irmã Benigna também sofreu calúnias, tais como os rumores de uma possível gravidez e a acusação de ser uma freira comunista, sendo, pois, no ano de 1948, transferida em uma viatura policial para o Asilo São Luiz, na Serra da Piedade, em Caeté/MG, onde soube da demolição da maternidade em Itaúna.

Na Serra da Piedade, Irmã Benigna foi colocada em um chiqueiro, adquirindo, assim, várias doenças. Dr. José Nogueira, médico e amigo, ao visitá-la, percebeu a extrema fragilidade de sua saúde e, temendo o pior, comunicou o fato à diretora da casa, dizendo-lhe que a congregação seria responsabilizada por ele, caso algo acontecesse à religiosa.

Em 1950, Irmã Benigna foi designada a prestar serviços em um Asilo Hospital, na cidade de Lambari/MG. Incansável, ela deixou ali suas marcas, desenvolvendo um grande trabalho como parteira e enfermeira, dedicando carinho e amor a todos, sem distinção, e ensinando que a oração é a força para vencer todas as dificuldades e o caminho para se obter as graças de Deus, junto a Nossa Senhora. O número de pessoas daquela cidade que reconheciam dons especiais e divinos em Irmã Benigna era cada vez maior.

Em 1955, Irmã Benigna foi para Colégio Nossa Senhora de Lourdes, em Lavras/MG. Às alunas do colégio, ela ensinava a piedade, a fé e a importância da devoção a Nossa Senhora. Era comum encontrar alunas aflitas pedindo a Irmã Benigna orações para serem felizes nas provas. E Irmã Benigna rezava sempre com elas, cativando-as com seu exemplo de abnegação, trabalho, e, principalmente, caridade. Em homenagem a Nossa Senhora de Lourdes, Irmã Benigna construiu uma belíssima gruta que foi destruída, logo depois de sua transferência para a cidade de Sabará/MG. Nesta cidade, no ano de 1960, Irmã Benigna trabalhou na Santa Casa de Misericórdia. Lá, junto aos mais carentes, ela dedicou seu tempo, sua afeição e todo seu amor. Através da “Salve Rainha”. Irmã Benigna ensinava que, por intermédio de Jesus e de Nossa Senhora, tudo podia ser resolvido. Inúmeras pessoas receberam benefícios e foram curadas através da suas orações. No meio de médicos, doentes e moradores, ela atuou divinamente, mostrando o caminho para se chegar a Deus.

Em 1963, Irmã Benigna voltou a prestar seus serviços no Asilo São Luiz, lá permanecendo até 1966, quando foi chamada para ajudar na reconstrução do Lar Augusto Silva (Lavras/MG). Sua chegada foi uma bênção para os velhinhos, órfãos e crianças que passavam por muitas dificuldades.


Irmã Benigna viveu nesta casa os últimos dezesseis anos de sua vida. Como apóstola de Jesus e devota de Nossa Senhora, auxiliava e socorria todos os necessitados. Cumpria sua vocação religiosa de maneira missionária e assistencialista. Era sempre procurada por pessoas de todas as classes sociais. Tratava todos igualmente, sempre com um sorriso largo, irradiando alegria e fé. Tinha grandes amigos em Belo Horizonte, Lavras e outras regiões do Estado, que sempre a amparavam nas dificuldades. Quando faltava alimento no asilo, ela ligava para esses amigos e, logo, era atendida.


No dia 30 de junho de 1977, em reconhecimento aos trabalhos prestados à comunidade de Lavras, a Câmara Municipal da cidade, por votação unânime, conferiu a Irmã Benigna o título de cidadã honorária. (Projeto de Resolução: 003/77).


Em 16de agosto de 1980, Irmã Benigna, com a ajuda dos amigos e com grande sacrifício, inaugurou a construção da Capela de São José, permitindo que celebrações eucarísticas fossem realizadas para os velhinhos do asilo num local mais próximo. No dia 16 de agosto de 1981, em homenagem a Nossa Senhora de Lourdes, ela inaugurou uma linda gruta, em frente à Capela de São José.

Na noite de 12 de outubro deste mesmo ano, Irmã Benigna foi internada no CTI do Hospital Prontocor, em Belo Horizonte, com fortes dores no peito. Um marcapasso foi colocado na tentativa de salvar-lhe a vida. Mesmo com a saúde bastante debilitada, ela, no leito daquele hospital, rezava com cada um que a procurava.

No dia 16 de outubro de 1981, após uma vida de entrega, doação e partilha, o coração imenso de Irmã Benigna parou, deixando marcas profundas de como se deve trilhar o caminho do próprio Cristo, através do exercício da caridade. Sua obra havia terminado aqui na Terra.


DEVOÇÃO A IRMÃ BENIGNA: Irmã Benigna, mesmo após sua morte, continua sendo um anjo protetor para todos. Seu nome eleva e enaltece a Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade. Milhares de devotos continuam a pedir sua intercessão junto a Deus, tornando seu túmulo, localizado no jazigo 145, quadra 9 do Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte, um dos mais visitados, há mais de 28 anos, em razão dos inúmeros milagres atribuídos a ela.


Irmã Benigna é reconhecida como a “Santa da Hora”, além de ter se tornado para seus devotos a “Santa da Salve Rainha e da Fartura”, devido à força de sua intercessão. Todas as segundas-feiras, a partir das 14h, fiéis se reúnem em oração em seu túmulo, onde é celebrada a Santa Missa e rezada, em seguida, a Novena de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, no desejo imenso de que, dentro em breve, ela esteja em todos os altares do Brasil e do mundo